Com 10 votos favoráveis, a decisão do colegiado sobre a pauta do Passaporte Vacinal foi de enviar o estudo do passaporte para diligência junto à Reitoria do IFMS.
A diretoria do SINASEFE-MS entende a deliberação como manobra para adiar a decisão, assim como para que a Reitoria não fique em uma “saia justa” com alguns setores mais conservadores ligados ao IFMS.
A medida coloca em risco toda a comunidade acadêmica do IFMS, a nota técnica elaborada pela DIRET/RT/IFMS, ressalta:
“[…] temos a insegurança envolvendo o colapso do sistema de saúde por conta das internações e a ocupação de leitos clínicos e de UTI’s […] De acordo com esse levantamento, o estado do Mato Grosso do Sul está em 1º lugar no ranking com maiores índices de ocupação de leitos de UTI no Brasil: Mato Grosso do Sul – 97%”
Além de demonstrar a eficácia e importância da vacinação:
“Pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), no interior de São Paulo, constataram que a vacinação contra a Covid-19 reduziu o risco de internação e mortes pela doença”
A decisão do CODIR nada contra a maré, sendo que o passaporte vacinal já se tornou obrigatório em 27 dos Institutos Federais pesquisados, somando 69% do total, o número de Institutos que optaram pela não obrigatoriedade é de 8 instituições, 20%, incluindo o IFMS.
Ainda durante a discussão da pauta, alguns diretores manifestaram seu descontentamento em relação à participação de servidores através do envio de e-mails, pedindo pela aprovação do passaporte vacinal. Houve dirigente que se mostrou indignado com o ato, considerado por ele como spam e não como manifestação de anseios das bases que o elegeram para o cargo, esquecendo-se que o fato de ter sido eleito o torna representante destes servidores, os quais ele repudiou durante o pleno do Colégio de Dirigentes.
O sindicato não ficará omisso diante de ações desta natureza, pois valoriza as ferramentas de democracia participativa e continuará incentivando que as boas práticas democráticas continuem a acontecer, que a comunidade consiga participar dessas instâncias de pouca ou nula representação de todos os segmentos da comunidade acadêmica.